Análise: Metal Gear Solid V Ground Zeroes


Título: Metal Gear Solid V: Ground Zeroes
Estilo: Acção, Aventura, Stealth
Plataforma: PS4 (também disponível para PS3, Xbox 360 e Xbox One)
Data de lançamento europeu: 20 de Março de 2014
Produtora: Kojima Productions
Editora: Konami

A 'demo comprável' do novo título da Saga Metal Gear já se encontra no nosso mercado há algum tempo. Marcada nas lojas a 30 euros, será que vale a pena? A resposta imediata é sim e não.

Este título de curta duração trata-se apenas de um prólogo para o novo Metal Gear Solid V: The Phantom Pain, cuja data de lançamento ainda se encontra por confirmar. É o quinto grande jogo da série que se apresenta sob a forma de prequela da saga (mais uma vez) que sucede o título Peace Walker, lançado originalmente na PSP. 

O jogo começa com a infiltração de Snake (também conhecido na saga como Big Boss) numa base americana situada em Cuba e denominada de Camp Omega, com a missão essencial de libertar dois reféns: Paz Ortega e Chico. As cut-scenes de introdução e o voice acting são muito apelativos, tal como é toda a história do jogo na sua generalidade: séria, escura e principalmente muito cativante. Os gráficos enchem bem o olho, sobretudo ao nível dos efeitos de luz. Felizmente, são muito fluídos e correm constantemente a 60 FPS.

Omega base, onde se desenrola a acção. Quase maior que o próprio jogo...

O principal ponto forte do jogo reside na jogabilidade, que está, de facto, soberba. Os controlos do personagem dificilmente poderiam ser melhores. A mecânica de Metal Gear mantém-se e é elevada ao rubro, com algumas novidades nas acções do personagem e na sua interacção com os inimigos que irão facilmente descobrindo à medida que vão explorando o cenário do jogo. Snake dispõe de um arsenal limitado onde se incluem algumas armas com silenciador, uns sofisticados óculos de visão nocturna e o iDroid como sistema de navegação entre outras funções.

Os efeitos de luz dão um realismo atroz aos cenários nocturnos.

Falando agora dos aspectos negativos, é impossível não referir a duração do jogo... que não poderia ser mais curto. Mesmo muito curto, bastante infeiror às tão mencionadas duas horas se excluirmos as cut-scenes. A verdade é que a base onde a história se desenrola ainda tem uma dimensão razoável e oferece inúmeras possibilidades de exploração que aumentam a sua longevidade, mas o jogador que se sentir tentado a cumprir com os objectivos vai aperceber-se que consegue cumprir cada um deles em poucos minutos de jogo sério. Ora vejamos: teremos de infiltrar a base, resgatar e evacuar um dos reféns, fazer o mesmo com o outro e o jogo termina. Um jogador experiente consegue, em alguns minutos, cumprir cada um destes objectivos sem grande atrito pelo meio.

As cuscenes revelam momentos chave na história do jogo. 
Lamentavelmente, podem ser mais extensas que o jogo em si.

Ground Zeroes apenas não se pode entitular totalmente de Demo devido ao seu Replay Value, ou seja, encontra-se recheado de extras e de objectivos secundários que nos incentivarão a re-jogá-lo para tentar alcançar os 100%. Talvez seja melhor comparar este jogo a um DLC do que a uma demo, especialmente pelo facto de ser pago, coisa que não deveria ser. Foi uma perfeita tentativa de vender um pedaço do jogo principal sem qualquer necessidade, que se resume a uma popular expressão inglesa: 'milk the cow'. Em termos de qualidade, não haja dúvida alguma que vale a pena. Em termos de logevitude, pode ser discutível, mas na nossa análise teremos de votar no 'não'. Não faz sentido cobrarem tanto por uma pequena parte do jogo que poderia ser jogada sem custos ou simplesmente estar incluída no título final.

No entanto, assistimos aos créditos finais de Ground Zeroes com uma grande certeza: que está prestes a chegar às nossas mãos uma verdadeira 'bomba' de jogo. Infelizmente, Ground Zeroes é um rebuçado que se desfaz na boca antes de termos tempo de o saborear.

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Author: Pedro Dias
Coleccionador 'hardcore' e aficcionado por videojogos :)

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